Barra da Estiva se destaca na produção de morangos na Chapada Diamantina

Morangos na Chapada Diamantina
O município vem se tornando referência no cultivo deste fruto, que é apreciado pelo seu aroma peculiar, sua cor vermelha brilhante e a textura suculenta. Dados apontam uma produção diária de morango de mais de 8 a 10 toneladas, que envolve, no cultivo, 325 agricultores.
“A Chapada é uma boa referência na produção de morango e Barra da Estiva vem se destacando. A estimativa é que por dia, com o cultivo desse fruto, seja movimentado cerca de R$ 100 mil, podendo chegar a R$ 3 milhões por mês. Lembrando que todo esse potencial de produção, é resultado do trabalho de agricultores familiares”, salienta o secretário de Desenvolvimento Rural (SDR), Jerônimo Rodrigues (2016).
A maior expansão da produção agrícola na Bahia nos últimos anos foi registrada na produção de morango, que cresceu 5.375% em 11 anos. Em 2006 só foram produzidas 52 toneladas. Em 2017, o volume alcançou 2.874 toneladas.
O aumento exponencial se deve a melhoria da capacidade de produção, e principalmente ao trabalho de centenas de agricultores de cidades como Barra da Estiva, Piatã, Morro do Chapéu, Mucugê e Ibicoara. Eles aprenderam a cultivar morangos adaptando o cultivo ao clima ameno da Chapada Diamantina.
“O principal fator que incrementou a produção foi a temperatura. Existem hoje várias formas de se cultivar morango. Atualmente, é a lavoura preferida do pequeno produtor da Chapada. Porque 45 dias depois de plantado já pode ser colhido. Gera receita para a propriedade em pouco tempo e vende todo dia”, destaca Felipe Barroca, engenheiro agrícola e especialista em agricultura irrigada.
Foi assim que a oferta aumentou, proporcionou a intensificação do consumo, e tornou possível a popularização do morango, antes considerado nobre e raro. Existem hoje milhares de produtores na Bahia, muitos ainda não cadastrados oficialmente pelo Governo.
Graças a agricultores como estes, não faltam morangos nas ruas de Salvador e região Nordeste. Os morangos saem da Chapada em caminhões refrigerados, que preservam a temperatura dos frutos durante o percurso de mais de 500 quilômetros.
Porém, com a grande oferta, a queda de valor preocupa os agricultores:
“O preço está ficando muito baixo e pode tornar inviável a produção. Tem gente já experimentando outros cultivos. Como a amora, a uva, o figo e a tangerina Pokan, que é considerada a noiva da vez”, diz um agricultor local.
(Vinny Publicidade com foto – Blog Jornal Cidade e Informações do Correio24horas / Jornal Grande Bahia).