Elas vivem exclusivamente da própria produção, trabalham de sol a sol para ganhar R$55 por cada mil paralelepípedos feitos. Durante o dia se vestem de trapos para fugir das lascas de pedras que podem rasgar a carne. Longe de se sentirem exploradas, elas se mostram dignas, altivas e não esquecem das vaidades femininas. O cotidiano dessas Mulheres de Pedra é revelado na exposição do jornalista, publicitário e escritor Alexandre Augusto que, durante um ano, percorreu a Chapada Diamantina, especificamente nos municípios de Itatim e Itaetê, retratando a vida nas pedreiras. A exposição de fotografias Mulheres de Pedra será aberta, no Teatro Gregório de Mattos, no dia 24 de maio, às 19 horas, para convidados, e 25 para o público. Aberta e gratuita, quem tiver a oportunidade de apreciar as 21 fotos coloridas e impressas em pigmento mineral sobre Canson Platine terá mais que a possibilidade de ver uma reportagem contada com imagens, mas uma experiência sensorial, onde os sons das ferramentas batendo nas pedras, a água correndo e um fundo musical suave encontra o cenário perfeito montada com pedras reais e iluminação específica para transportar o visitante para as pedreiras , além da leitura de um poema de Cora Coralina, liberada pela filha da poetisa e lida por uma das mulheres de pedra. (Fotos: Alexandre Augusto)/(Correio da Bahia).