Chapada: Dono da Pratinha fala sobre impactos da outorga da Igarashi

Pratinha
Na última terça-feira (18), no programa papo com o Garotinho, da rádio Nova FM, o empresário Silvio Lira, dono da Fazenda Pratinha falou sobre os impactos da outorga do INEMA (Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), que autoriza o uso dos recursos hídricos pela Igarashi, durante um período de 4 anos.
Igarashi
Areá da Igarashi próxima a Pratinha e o zoneamento de cavernas
Silvio comenta que a outorga tem uma série de irregularidades, “estamos dentro de uma área de proteção ambiental, a APA Marimbus Iraquara, […], e essa outorga dada pelo INEMA é muito grande para a nossa região, lembrando que o Santo Antônio é a conjunção do Rio Preto com o Rio Cochó. o Rio Cochó como sabemos está praticamente morto e o Rio Preto está com a vazão baixíssima, o único que ainda corre é o Pratinha, que o abastece antes do empreendimento”.
Rio Cochô
Rio Cochó praticamente seco
Lira, fala que a Igarashi “é uma série de empreendimentos Japoneses, e que esse que será instalado na Fazenda Coités, em Palmeiras, com o nome de Agropecuária Chapadão. Instalada em uma ZPC (Zona de Proteção de Cavernas), onde é proibido a atividade agrícola”. Quando a portaria foi autorizada, acabaram se esquecendo desse detalhe.
O entrevistado defende a agricultura familiar, pois segundo ele, assim será possível desenvolver o turismo e a agricultura ao mesmo tempo, pois o mesmo uso irrigação por gotejamento, e o método usado pela Igarashi, usará pivôs centrais, algo que demanda muito mais recurso hídrico. O que poderia levar ao secamento dos rios, “e a Igarashi, simplesmente desmontaria tudo, como fez em Mucugê e mudaria para outro lugar, […], além de a segurança do povo de poder beber água saudável, isso é algo que está na constituição, abastecimento de água para consumo humano”.
Quando questionado sobre a quantidade de empregos gerados (4 mil empregos), Silvio diz que “é ‘conversa fiada’, que a Igarashi sim, pode até gerar todos esse empregos, porém o empreendimento Agropecuária Chapadão, não. […] E o turismo, quando acabar o turismo, quantas pessoas […] não ficarão desempregadas?”
“E qual é a Chapada que nós queremos?” finaliza o entrevistado.
E por fim mostra essas imagens lembrando que a área da Igarashi fica próximo a uma área de zoneamento de cavernas. (Vinny Publicidade com fotos e informações do Chapada News).
Chapada Diamantina