Depois de um ciclo olímpico recheado de vitórias e resultados importantes, a expectativa para os 10km da maratona aquática em Tóquio era alta. Se impondo desde o início e mantendo um ritmo forte, Ana Marcela não deu chance para as adversárias e ganhou o ouro com o tempo de 1h59m30s8. “Hoje eu consegui colocar tudo que eu tinha na prova. E é gostoso. Eu sou motivada à provocações, mas sempre levo pro lado bom, como conversei com a Carla Di Piero, minha psicóloga. Representa muito a ajuda que recebemos do COB, independente se é modalidade feminina ou se é masculina. Isso ajuda em relação à igualdade e representa muito para as medalhas no Brasil. E as mulheres estão vindo com algo especial. Eu ainda não fui campeã mundial nos 10km. Saio daqui querendo ainda mais”, disse a campeã olímpica que agradeceu ao técnico Fernando Possenti. A baiana tetracampeã mundial, que já foi eleita seis vezes a melhor atleta do mundo na categoria, participa da sua terceira edição Olímpica. Em Pequim, com apenas 16 anos, alcançou um ótimo resultado, ficando em 5º lugar. Em Rio 2016, já como uma das favoritas, teve problemas com a alimentação durante a prova e terminou apenas na 10ª posição. Em Tóquio as coisas foram diferentes. “Eu sempre acreditei nos meus sonhos, nos da minha família, em todas nos das pessoas que acreditaram em mim. Sou uma pessoa muita realizada principalmente por ter pessoas positivas ao meu lado. Isso me fez sempre continuar. Mesmo não ganhando medalha em 2008, e em 2012, e sendo uma decepção para muito brasileiros em 2016, acho que sempre acreditei muito naquilo que estava guardado para mim. São treze anos de espera e essa medalha representa muito”, contou Ana Marcela Cunha. (Vinny Publicidade com foto – divulgação – Jonne Roriz/COB).