O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 1.578 queimadas na região Sudoeste da Bahia, do início do ano até agora. Vitória da Conquista ocupa a sétima posição entre as cidades com mais focos de incêndio no estado, totalizando 59 registros. Somente nos primeiros cinco dias de outubro, o município registrou 29% das queimadas de todo ano.
Para moradores da região, os constantes incêndios são prejudiciais à saúde e causam transtornos, como explica Alice Rodrigues, que é recicladora e precisou passar por uma das ruas de Vitória da Conquista no momento em que um incêndio era debelado.
“Senti falta de ar. [A fumaça] incomoda os moradores e o povo que está passando na rua“, afirmou.
O médico André Botelho ressalta que o risco é ainda maior para quem está em contato direto com a fumaça, por conta da inalação de substâncias nocivas, como monóxido de carbono (CO).
A fumaça e a fuligem oriundas do incêndio são espalhadas pelo vento e podem causar prejuízos à saúde, como as doenças respiratórias.
“A grande inalação de monóxido de carbono, que é uma substância que acaba reduzindo a oxigenação, pode gerar até asfixia. Isso é para quem está em contato muito próximo“, ressalta o médico.
Para conter os incêndios da região, Ana Cláudia Passos, secretária do meio ambiente em Vitória da Conquista, afirma que a equipe de brigadistas é formada por 10 integrantes. O serviço é auxiliado de carro-pipa e veículo da brigada, que comporta o equipamento necessário para debelar os incêndios.
Em agosto, a prefeitura de Vitória da Conquista chegou a emitir um alerta para os moradores da cidade sobre o aumento do número de queimadas provocadas pela ação humana, o que configura crime ambiental. Na época foi registrada uma média diária de seis incêndios em terrenos na sede do município e em áreas rurais, três vezes a mais que o normal. Com informações do G1.
Vinny Publicidade com foto - divulgação/PMVC