O mês de setembro terá Bandeira Verde para todos os consumidores de energia conectados ao Sistema Interligado Nacional. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nesta sexta-feira (26), que não haverá acréscimo para além do que é consumido pelos cidadãos brasileiros.
Criado pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica, especialmente quando as condições de geração não são favoráveis, como nos períodos de seca.
De acordo com a agência, as condições de geração de energia elétrica nas usinas hidrelétricas seguem favoráveis no momento, não sendo necessário acionar usinas mais caras, o que resultaria em taxas extras nas contas de energia elétrica. Este é o quinto mês consecutivo sem cobrança adicional para os consumidores.
O funcionamento das bandeiras tarifárias é simples: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.
No caso da Bandeira Verde, as condições são favoráveis de geração e não tem custo adicional. Na Bandeira Amarela, as condições são menos favoráveis e é cobrada uma taxa extra de R$ 2,989 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Na Bandeira Vermelha 1, as condições de geração são desfavoráveis, por isso é cobrada uma taxa de R$ 6,50 a cada 100 kWh consumidos. Já a Bandeira Vermelha 2 indica condições muito desfavoráveis, o valor extra é de R$ 9,795 a cada 100 kWh consumidos.
No ano passado foi criada a bandeira Escassez Hídrica para cobrir custos de geração, transmissão e distribuição de energia durante o período de seca, quando é preciso acionar as termelétricas, que custam mais caras. Essa bandeira vigorou até o começo de abril deste ano. Nesse caso, a taxa extra era de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos.
Segundo a Aneel, as bandeiras dão transparência ao custo real da energia e permitem ao consumidor se programar e ter um consumo mais consciente.
Foto: Vinícius Silva/Vinny Publicidade