O futebol masculino garantiu ao Time Brasil a sétima medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Com gols de Matheus Cunha e Malcom, este último na prorrogação, a seleção derrotou a Espanha por 2 a 1 e conquistou o bicampeonato olímpico. A decisão foi realizada no estádio de Yokohama, palco de outra grande conquista da seleção brasileira: o pentacampeonato mundial em 2002.
Segundo o Cob, com o resultado, o Brasil chegou a sete ouros, quatro pratas e oito bronzes no quadro de medalhas. Neste domingo, 8, com as finais do vôlei feminino e de Beatriz Ferreira (60kg) no boxe, o país chegará a 21 pódios, registrando sua melhor marca na história dos Jogos Olímpicos. Isso sem contar a disputa da maratona masculina, que terá a participação de Daniel Chaves, Daniel Nascimento e Paulo Roberto de Paula.
O jogo começou equilibrado e foi da Espanha a primeira chance real de gol da partida. Em jogada aérea, a zaga brasileira se atrapalhou e Diego Carlos tirou a bola praticamente na linha do gol. Logo depois, a seleção teve duas chances: em chute mascado de Matheus Cunha, que parou em Unai Simón, e em finalização para fora de Richarlison.
Aos 37, o VAR entrou em ação. Após jogada imprudente do goleiro espanhol em cima de Matheus Cunha, o árbitro marcou pênalti para o Brasil. Richarlison pegou a bola, mas isolou a cobrança. E quando o primeiro tempo se encaminhava para o fim, Daniel Alves evitou a saída de bola na linha de fundo, após cruzamento de Claudinho, e Matheus Cunha, entre os zagueiros, finalizou para abrir o placar.
No segundo tempo, o Brasil criou outra boa chance com sua dupla de atacantes. Aos 6 minutos, Matheus Cunha deixou Richarlison de frente para o gol, mas o chute parou no travessão. Poucos minutos mais tarde, a Espanha deu o troco e chegou ao empate com Mikel Oyarzabal, em cruzamento vindo do lado esquerdo da defesa brasileira.
A partir daí, o cenário do jogo mudou completamente. Com dificuldades na armação de jogadas, o Brasil viu a Espanha mandar duas bolas no travessão. Primeiro com Soler, em cruzamento que quase encobriu o goleiro Santos, e depois com o atacante Bryan Gil. Mas o empate persistiu após 90 minutos.
Para evitar os pênaltis, como havia ocorrido nas semifinais contra o México, o Brasil voltou com uma postura diferente e novos jogadores. Entre eles, o atacante Malcom. No início do segundo tempo, após belo lançamento de Antony, o jogador do Zenit São Petersburgo (Rússia) invadiu a área e tirou do goleiro para garantir a medalha de ouro.
Esta foi a terceira final olímpica consecutiva da seleção masculina. Em Londres 2012, a equipe perdeu a decisão para o México, por 2 x 1; já no Rio 2016, vitória nos pênaltis sobre a Alemanha, após 1 x 1 no tempo regulamentar. Apesar do pênalti perdido no jogo de hoje, Richarlison terminou a competição como artilheiro: cinco gols em seis jogos. (Vinny Publicidade com foto – divulgação – Gaspar Nóbrega/COB).