Duas desembargadoras do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) foram alvo de mandados de prisão temporária da Operação Faroeste, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta segunda-feira (14), contra um suposto esquema criminoso de venda de decisões judiciais. Outros alvos da operação foram o Secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Maurício Barbosa, e a delegada chefe de gabinete da pasta, Gabriela Caldas Rosa de Macêdo. Ambos foram afastados do cargo por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Por meio de nota, o Governo do Estado disse que irá cumprir a decisão judicial e que aguarda as informações oficiais do processo em curso para tomar as medidas cabíveis. O processo tramita em segredo de Justiça. O subsecretário da SSP, Ary Pereira de Oliveira, assumiu a pasta. O TJ-BA não falou sobre os juízes alvos da ação, nem quais medidas serão adotadas contra eles. Por meio de nota, o órgão informou que reitera e ratifica o total apoio às instituições competentes para o processo de investigação conduzido pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela PF.
Os mandados de prisão temporária foram expedidos pelo presidente do STJ, Ministro Og Fernandes, e atende pedido da subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo. Os nomes das desembargadoras não foram divulgados até a última atualização desta reportagem. Também foram cumpridos nesta operação 35 mandados de busca e apreensão em Salvador, em Barreiras, Catu, Uibaí, na Bahia, e um em Brasília (DF). O STJ também mandou prender uma pessoa apontada como responsável por atuar para um juiz no esquema, e determinou o afastamento do cargo e da função de todos os servidores públicos envolvidos nas 6ª e 7ª fases desta operação. São investigados possíveis crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de ativos, evasão de divisas, organização criminosa e tráfico de influência. (Vinny Publicidade com foto – reprodução – lan Oliveira/G1 e informações são do Sertão Hoje).