O Ministério do Meio Ambiente, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o IBAMA lançaram ontem (22) uma campanha de utilidade pública contra as queimadas. A baixa umidade e o tempo seco, que assolam boa parte do território brasileiro neste período do ano, podem causar muitos incêndios, devastações ambientais irreparáveis e até mortes. O perigo aumenta potencialmente, pois é justamente nessa época que alguns produtores rurais se utilizam de queimadas irregulares para limpar o campo e preparar o terreno para novas culturas.
O fogo, em muitos casos, não é o vilão dessa história, mas sim quem faz uso errado e criminoso dele. O filme “Fagulhas” afirma que, quando bem manejado, o fogo é um aliado do homem do campo, mas mostra, em tom contundente, que basta uma fagulha para causar prejuízos irreparáveis. O conceito da campanha é “Saiba lidar com o fogo para não ter que lidar com as consequências”. A mensagem ainda faz um alerta para a população ligar 193 em caso de incêndios.
Hoje (23), por exemplo, o ICMBio trabalha para combater um incêndio no Parque Nacional da Canastra, em Minas Gerais, que começou na última terça-feira (21). Com a ajuda de imagens de satélite, já foi detectado que o fogo foi proposital, colocado em três pontos. Com o clima está seco e ventando muito, é mais difícil de ser controlado. Neste momento, o ICMBio está trabalhando com 25 pessoas para combater o incêndio, já acionou o Prevfogo do IBAMA, conta com o apoio do governo estadual e municipal. Brigadistas de outras unidades de conservação também poderão ser acionados. Ao todo, ICMBio tem 1.180 brigadistas contratados e treinados.
Ações para combater os incêndios
O ICMBio se prepara com ações preventivas nas unidades de conservação para combater os incêndios. A principal delas é a implementação do Manejo Integrado do Fogo (MIF), que é composto por um conjunto de técnicas que visa mudar o uso e a concepção do fogo, tratando-o como um aliado e não somente como um vilão. Uma das técnicas do MIF são as queimas prescritas. Elas visam diminuir a quantidade de combustível, que é o material orgânico que pode alimentar os incêndios, formando mosaicos no território e evitando que grandes porções de vegetação sejam consumidas de uma vez só em grandes eventos.
Outra ação adotada pelo ICMBio é a capacitação dos gerentes e especialistas do fogo de unidades, realizando, por exemplo, curso de formação em Sistema de Comandos de Incidentes (SCI), uma forma de organizar a ação em eventos emergenciais e na organização cotidiana. No final de maio foi sancionada a Lei, que define novas regras de compensação ambiental e permite aumentar o prazo para a contratação de brigadistas. Assim, o ICMBio pôde aumentar o tempo e o escopo das atividades dos brigadistas. Antes da Lei, os brigadistas só podiam ser contratados por seis meses. Entretanto, se o fogo se estendesse fora do tempo de contrato, as unidades poderiam ficar sem esquadrões de brigadas e vulneráveis a incêndios de grandes proporções. Agora, a possibilidade de contratação passa de 6 meses para 2 anos, prorrogável por mais um ano. (Vinny Publicidade com foto e informações do ICMBio).
Veja aqui a campanha
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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