Como haviam adiantado os diretores criativos da cerimônia de abertura, projeções e luzes foram os principais recursos tecnológicos utilizados na abertura dos Jogos Olímpicos. As projeções no chão do Maracanã criaram efeitos muito aplaudidos pelo público, como o voo do 14 Bis sobre o Rio de Janeiro, a transformação da floresta em um país tomado por plantações e grandes cidades e os traços arquitetônicos de Oscar Niemeyer no caminho da “Garota de Ipanema” Gisele Bündchen. Os diretores criativos do espetáculo Daniela Thomas, Andrucha Waddington e Fernando Meirelles haviam anunciado que o recurso seria a grande aposta da cerimônia, devido a limitações impostas pelo estádio do Maracanã. Ao contrário das aberturas anteriores, o Maracanã não é um estádio olímpico (não tem pista de atletismo), o que reduz o espaço disponível. O estádio também tem muitos lugares no nível do campo, o que impede que palcos elevados sejam montados para que equipamentos e acessórios possam ser retirados dos subsolos e escondidos depois. Para completar, o Maracanã tem portas de menos dois metros de altura, o que inviabiliza a entrada de grandes alegorias ou estruturas. Todas essas dificuldades se somam ao orçamento reduzido da cerimônia do Rio. O valor não foi divulgado, mas, segundo os seus organizadores, é bem menor que das edições anteriores. O produtor executivo da cerimônia, Marco Balich, disse que Atenas foi marcante por ter sido clássica, Pequim teve uma abertura grandiosa, Londres fez uma festa inteligente e o Rio seria lembrado por uma cerimônia descolada. (Foto: Ivan Pacheco).